Doença hereditária que causa alteração no formato dos glóbulos vermelhos, que, em vez de terem a forma de um disco, ficam com uma forma semelhante a uma foice ou meia lua

No dia 19 de junho é comemorado o dia mundial da conscientização sobre a doença falciforme. A Policlínica Estadual da Região do Entorno – Formosa promoveu uma palestra em alusão ao Dia Mundial da Conscientização Sobre a Doença Falciforme, comemorado em 19 de junho. O objetivo da ação foi informar a população sobre os sintomas, complicações, diagnóstico e tratamento da doença.

A palestra foi conduzida pela biomédica Larissa da Silva Almeida. De acordo com a profissional, a anemia falciforme é uma doença hereditária, que causa alteração no formato dos glóbulos vermelhos, que, em vez de terem a forma de um disco, ficam com uma forma semelhante a uma foice ou meia lua. “Devido a essa alteração, os glóbulos vermelhos se tornam menos capazes de transportar oxigênio pelo corpo, além de aumentar o risco de obstrução dos vasos sanguíneos”, afirmou.

Larissa explicou que os principais sintomas são semelhantes a qualquer outro tipo de anemia, como cansaço, palidez e sono.”Em casos mais avançados pode apresentar, dor nos ossos e articulações, crises de dor, infecções frequentes, atraso no crescimento, olhos e pele amarelados que pode indicar comprometimento do fígado”, disse.

A biomédica ressalta que a maioria das pessoas com anemia falciforme desenvolvem aumento do tamanho do baço durante a infância, porque as células falciformes ficam aprisionadas no baço. “O diagnóstico precoce da anemia falciforme geralmente é feito através do teste do pezinho nos primeiros dias de vida do bebê, que analisa uma amostra de sangue retirada do calcanhar. Posteriormente a confirmação é feita com eletroforese de hemoglobina e exames moleculares”, destacou.

Tratamento

O tratamento para anemia falciforme é feito com o uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor durante as crises, e em alguns casos extremos pode ser necessária a transfusão sanguínea, e até mesmo sendo necessário o uso de máscara de oxigênio para aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e facilitar a respiração.

Segundo Larissa, em casos de infecções, os medicamentos utilizados são principalmente penicilina nas crianças de dois meses até aos cinco anos de idade, para evitar o aparecimento de complicações como a pneumonia. “O tratamento da anemia falciforme deve ser realizado por toda a vida porque estes pacientes podem apresentar infecções frequentes. Além disso, o transplante de medula óssea também é uma forma de tratamento, indicada para alguns casos graves, podendo ter a cura da doença, porém com poucas indicações devido aos riscos associados ao procedimento. O tratamento visa: prevenir crises, controlar a anemia e aliviar os sintomas”, concluiu.

Fonte: Jornal Diário da Manhã